As duas funções tiveram saldo positivo de tiveram saldo positivo de 1.092 e 1.015 vagas, respectivamente, no primeiro semestre deste ano
Servente de obras e operador de telemarketing foram os postos de trabalho que mais geraram vagas de emprego em Alagoas no primeiro semestre, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do governo federal. Estas funções tiveram saldo positivo de 1.092 e 1.015 vagas, respectivamente.
Quando analisados os dados de Alagoas por setores da economia, o de serviços foi o que obteve o maior saldo, com 5.850 novas vagas, seguido pelo Comércio com 2.563 e Construção Civil, com 1.443. Por outro lado, Agropecuária e Indústria foram os setores que mais fecharam postos de emprego no primeiro semestre, com -636 e -14.785 postos a menos, respectivamente.
Já a função que mais fechou postos de trabalho em Alagoas no primeiro semestre foi a de trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, com -13.996. Esta função, historicamente, está ligada ao período de safra da cana, com demissão massiva no período de entressafra.
Além dos serventes de obras e operadores de telemarketing, outras funções também se destacam pela abertura de novos postos de trabalho, como a de técnico de enfermagem, que teve saldo positivo de 525 novas vagas.
Contudo, o resultado positivo destas funções não foi suficiente para evitar que Alagoas encerrasse o primeiro semestre deste ano com o pior saldo de empregos do País. Foram fechados 5.565 postos de trabalho no estado. Este é o resultado da diferença entre as 65.529 demissões e 59.964 admissões no período. O resultado teve variação negativa de 1,58% em relação ao mesmo período do ano passado, no auge da pandemia.
De acordo com os dados do Ministério da Economia, homens com o ensino fundamental incompleto foram os mais penalizados em Alagoas pelo fechamento de postos. Entre os homens o saldo negativo ficou em -9.587 vagas. Já as mulheres tiveram situação melhor e fecharam o semestre com saldo positivo de 4.022 vagas.
As pessoas com ensino fundamental incompleto tiveram saldo negativo de -10.763. Entre as profissões, os trabalhadores agropecuários foram os que mais perderam postos de trabalho em Alagoas, com -15.141. Só entre os trabalhadores ligados à cana-de-açúcar o saldo negativo ficou em 13.996. Já o setor que mais teve melhor saldo foi o de trabalhadores de serviços administrativos, com 2.847 novos postos de trabalho.
Quando analisados os dados por faixa etária, o que se mostra é que os jovens com idade entre 18 e 24 anos tiveram o melhor cenário, com saldo positivo de 3.321 novos postos. Já as pessoas com idade entre 40 a 49 anos tiveram o pior saldo, que fechou negativo em -3.335 postos de trabalho.
Em todo o país, foram criados 1.536.717 empregos com carteira assinada no primeiro semestre. O saldo é resultado de 9.588.085 contratações e 8.051.368 demissões. O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que o país mantém um ritmo acelerado de criação de novos empregos.
“Totalizamos 1,5 milhão de empregos nos primeiros seis meses desse ano. Se pegarmos os últimos doze meses, geramos 2,8 milhões de novos empregos. O mercado formal atinge agora, pela primeira vez desde 2015, 2016, quando tivemos as duas grandes recessões auto impostas, atingimos pela primeira vez, de novo, o patamar dos 40 milhões de empregos”, disse o ministro Paulo Guedes.
Em nível nacional, o setor de serviços também foi o que mais abriu novos postos de trabalho em junho (125.713 postos), distribuído principalmente nas atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Em seguida aparece o setor de comércio (72.877 postos).
“Comércio e serviços que foram os setores mais impactados pela Covid-19 são os que agora geram mais empregos durante a retomada”, comentou o ministro Paulo Guedes. A indústria geral gerou 50.145 postos, a agricultura 38.005 postos e a construção 22.460 postos.
Fonte: TV Gazeta