O médico Jadson Monteiro usou as suas redes sociais, nessa segunda-feira (25), para denunciar a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais da saúde da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Viçosa, em Alagoas. Além disso, ele relata a falta de respiradores na unidade, onde apenas existe um aparelho, já que o outro se encontra quebrado. Após a denúncia, Jadson Monteiro pediu demissão.
O profissional ainda externou que falta diálogo do diretor da UPA com os funcionários e cobrou uma atitude da Secretária de Saúde do município na instituição, visto que a situação está calamitosa. Ele decidiu pela demissão, pois optou pela preservação da sua vida e a de sua família.
“Entre trabalhar numa UPA de Covid como a de Viçosa, que não respeita ninguém e que faltam EPIs, medicação até para sedação e não tem um gestor, eu preferi pedir demissão. É com pesar, mas prezo pela minha vida e a da minha família”, diz ele em trecho da denúncia.
A Gazetaweb entrou em contato com a assessoria do Município para repercutir o assunto e aguarda uma posição.
Demissão após o 1° plantão
Situação como essa vem acontecendo em todo o país. Profissionais da saúde pedem proteção durante esse momento de pandemia, mas a realidade é outra. É obscura e escassa de EPIs em qualquer unidade hospitalar que vem recebendo pacientes com Covid-19. No último dia 23, no Hospital de Campanha do Maracanã, uma médica pediu demissão por causa da falta de infraestrutura para trabalhar no local. Era o primeiro dia de plantão da anestesista Priscila Eisembert.
Ela denunciou, na ocasião, que faltam medicamentos e exames para os pacientes. “Tem muito profissional querendo trabalhar (…) mas infelizmente não dá pra ter estômago pra ver essa atrocidade. O médico, infelizmente, não faz milagre. Ele precisa ter o mínimo pra trabalhar. Aquilo é um CTI de fachada. Não tem nem o mínimo de um CTI”.