Durante todo o mês de março, uma campanha de conscientização ganha destaque nacional: o Março Azul Marinho. Focada na prevenção e diagnóstico precoce do câncer colorretal, a iniciativa busca informar a população sobre a importância dos exames preventivos e dos hábitos necessários para reduzir os riscos dessa doença.
Ao CadaMinuto, o médico oncologista André Luiz Guimarães explica que o câncer é a multiplicação descontrolada das células que podem formar pólipos, tumores e metástase. O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, engloba tumores que afetam o cólon e o reto.
No Brasil, ele é o terceiro tipo de câncer mais comum – atrás apenas do câncer de mama feminino e próstata – e o segundo que mais causa mortes no mundo. Em Alagoas, existem 3.480 casos de câncer, sendo 430 colorretal. Entre eles, 210 são em homens e 220 em mulheres, apontam os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Sintomas
À reportagem, a médica proctologista do Hospital Geral do Estado (HGE) Janaína Gouveia explica que, apesar dos principais sintomas do câncer colorretal parecerem com o de patologias menores, como hemorróidas, fissuras, constipação funcional e outras, é importante se atentar a fatores diferentes que possam surgir. Sendo eles:
• Perda de peso sem estar fazendo dieta;
• Mudança do hábito intestinal, como diarréia e/ou prisão de ventre;
• Sangue nas fezes;
• Distensão abdominal (gases) e/ou cólicas;
• Vômitos e/ou náuseas;
• Dores na região anal ou sensação de intestino cheio mesmo após evacuação.
• Mudança do hábito intestinal, como diarréia e/ou prisão de ventre;
• Sangue nas fezes;
• Distensão abdominal (gases) e/ou cólicas;
• Vômitos e/ou náuseas;
• Dores na região anal ou sensação de intestino cheio mesmo após evacuação.
“É importante sempre procurar avaliação médica para o diagnóstico, não fazer automedicação ou banalizar as queixas”, afirma.
Fatores de risco
Segundo André Luiz Guimarães, a melhor forma de prevenir os fatores de risco é manter hábitos mais saudáveis. “Uma dieta saudável, exercícios físicos regulares, não fumar e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas”, explicou.
Além disso, o histórico pessoal (outros tipos de câncer), obesidade, histórico familiar de câncer colorretal, pessoas acima de 50 anos e alimentação com pouco cálcio, também são fatores de risco da doença, afirma o site oficial da campanha Março Azul Marinho.
Diagnóstico e tratamento
O oncologista afirmou que o melhor método para obter um diagnóstico é através da colonoscopia e do exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes (Teste FIT), sendo uma opção mais acessível à população.
Ele detalha que, para pessoas sem histórico familiar, é indicado que comece a fazer a colonoscopia preventiva aos 45 anos e, em casos de pessoas com parente de 1° grau que já teve a doença, deve-se iniciar aos 15 anos. Ele pontuou que é importante fazer o exame pelo menos uma vez durante a vida.
Segundo o especialista, os exames podem ser feitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), planos de saúde privados, por consultas em oncologistas, proctologistas e gastroenterologistas.
Ao se falar de tratamento, André fala que existe procedimento cirúrgico, além da utilização da quimioterapia e radioterapia, a depender do nível de gravidade, que são os seguintes:
• Em casos iniciais, cirurgia para a retirada de possíveis pólipos.
• Em casos avançados, sessões de quimioterapia/radioterapia pré-cirúrgica.
• Em casos extremos, apenas tratamento quimioterápico paliativo com o intuito de fornecer qualidade de vida para o paciente
Ao ser questionado sobre centros de tratamento, ele afirma que no estado de Alagoas existem três unidades de saúde que oferecem atendimento oncológico pelo SUS: a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Universitário (HU), ambos em Maceió, e o Hospital Chama, em Arapiraca. Além disso, há os hospitais e clínicas privadas.
*Estagiária sob supervisão da editoria
Fonte: cada minuto