Em todo o País, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas foi estimada em 247,0 milhões de toneladas, 2,3% acima da safra de 2019
A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de Alagoas deve encerrar 2020 com uma produção de 106,04 mil toneladas – um crescimento de 10,6% em relação à produção do ano passado. A estimativa foi divulgada nessa terça-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o órgão, a produção alagoana cresceu 4,1% na passagem de março para abril.
A estimativa da produção de abril se deve ao aumento da área plantada, que cresceu 74,8% no mês, na comparação a igual período do ano passado. Na distribuição da produção pelas unidades da Federação, o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 27,9%, seguido pelo Paraná (16,7%), Rio Grande do Sul (11,4%), Goiás (10,4%), Mato Grosso do Sul (8,0%) e Minas Gerais (6,0%), que, somados, representaram 80,4% do total nacional. Com relação à participação das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (46,6%), Sul (30,8%), Sudeste (9,8%), Nordeste (8,5%) e Norte (4,3%).
Em todo o País, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2020 foi estimada em 247,0 milhões de toneladas, 2,3% acima da safra de 2019, que atingiu mais 5,5 milhões de toneladas, e 0,8% superior ao mês anterior (que registrou mais 1,9 milhão de toneladas). Já a área a ser colhida é de 64,5 milhões de hectares, 2,0% acima da de 2019.
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo e, somados, representaram 92,6% da estimativa da produção e responderam por 87,4% da área a ser colhida. Em relação a 2019, houve acréscimos de 1,7% na área do milho (aumentos de 4,1% no milho de primeira safra e de 0,4% no milho de segunda safra), de 2,5% na área da soja e de 0,9% para a área do algodão herbáceo, além de queda de 1,9% na área de arroz.
De acordo com o analista agropecuário do IBGE, Carlos Antônio Barradas, esse aumento na comparação anual deve-se, principalmente, ao crescimento da estimativa de 6,7% para a soja (mais 121 milhões de toneladas) e de 3,5% para o arroz (mais 10,6 milhões de toneladas).
“O clima beneficiou bastante a soja, com a exceção do Rio Grande do Sul. Além disso, como os preços da soja estão bons, os produtores ampliaram a área de plantio”, disse o pesquisador. “Por outro lado, o Rio Grande do Sul teve uma boa safra de arroz, o que elevou as estimativas de produção para este ano”.
Barradas destaca ainda decréscimo de 3,4% na safra do milho (97,1 milhões de toneladas). “Principalmente no milho de segunda safra (-5,4%). No ano passado, o clima ajudou muito, houve uma janela de plantio maior. Neste ano a janela de plantio foi mais restrita”, disse o pesquisador, acrescentando que soja, arroz e milho representam 92,6% da estimativa da produção e 87,4% da área a ser colhida.