Manifestação pacífica pedia o uso do medicamento, que ainda não tem eficácia comprovada no combate ao coronavírus
Uma enfermeira da cidade de Arapiraca protestou, nesta segunda-feira (25), em uma avenida no Centro da cidade, à favor do uso da Cloroquina para o combate à Covid-19 no município.
Com um cartaz que trazia as frases ‘Cloroquina SALVA!, Corrupção MATA!. #CloroquinaJá’, Débora Edinez reivindicou que o medicamento fosse disponibilizado nas farmácias e UBS (Unidade Básicas de Saúde), através de receitas médicas. Como exemplo, a enfermeira citou o município de Cajueiro, que tem disponibilizado o chamado kit Covid-19 com as medicações necessárias para o tratamento do novo coronavírus, tais como: Cloroquina, Azitromicina, Ivermectina e dipirona, que é entregue mediante assinatura de um termo de consentimento.
A profissional da saúde afirmou ainda que, mesmo sem um consenso da eficácia no meio científico, muitos profissionais estão indicando o medicamento na fase inicial da doença.
“Muitos médicos já relataram que o uso precoce do medicamento não deve ser retardado, iniciando o tratamento precocemente, com diagnósticos clínicos dos principais sintomas da doença, visto que estamos em uma pandemia’, afirmou.
Débora criticou ainda as tensões políticas que tiram a atenção do combate ao vírus. “A saúde pública brasileira encontra-se na UTI e não é de hoje. O momento agora não é de briga política, mais sim de darmos as mãos e lutarmos pelo bem do povo brasileiro. É preciso, acima de tudo, prevenir as internações e óbitos”, concluiu.
A Hidroxicloroquina
Mesmo sem evidências científicas que comprovem a eficácia dos medicamentos contra a Covid-19, o Ministério da Saúde divulgou, na semana passada, um documento com orientações para uso da substância no tratamento da doença.
A OMS e a Opas, braço da organização nas Américas, porém, não recomendam nem a Cloroquina nem a Hidroxicloroquina para tratar a Covid-19 fora de ensaios clínicos.