Foto: Uarlen Valério/O Tempo

Um laudo da Polícia Civil divulgado no fim da tarde de hoje revelou, após exames preliminares, a presença da substância tóxica dietilenoglicol em dois lotes de amostras da cerveja Belorizontina, principal marca da cervejaria artesanal Backer, com sede em Belo Horizonte.

A análise das amostras faz parte de uma investigação conduzida pela polícia sobre a morte de um homem e a internação de outros sete em cidades de Minas Gerais, desde o final do ano passado.

Segundo a polícia, o dietilenoglicol é um composto normalmente utilizado no processo de refrigeração em fábricas. A ingestão dessa substância pode afetar principalmente os sistemas nervoso, cardiopulmonar e renal. As consequências do consumo deste produto correspondem aos sintomas apresentados pelos oito homens da “doença misteriosa”, mas as investigações ainda analisam se há relação entre o consumo da cerveja e o problema de saúde.

Os pacientes hospitalizados, a maioria do bairro Buritis, região oeste da capital mineira, apresentaram sintomas similares em diferentes fases das internações, o que criou a suspeita pelas autoridades sanitárias da existência de uma síndrome. Os casos mobilizam investigações da Polícia Civil e da Secretaria de Saúde de Minas Gerais.

O bancário Paschoal Demartini Filho, 55, e um genro, de 37 anos, teriam ingerido a cerveja Belohorizontina, no fim de dezembro. O bancário morreu na terça-feira (7) com os sintomas da doença misteriosa, e o genro também está internado.

Fonte: Uol

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