Segundo parlamentar, alguns líderes chegaram a ser conduzidos a uma delegacia

O decreto governamental mais recente permite o funcionamento interno de igrejas em Alagoas, sem aglomerações, mas a medida está sendo usada contra os líderes religiosos, conforme denúncia feita pelo deputado Antônio Albuquerque (PTB), nesta quarta-feira (27). Ele revelou que pastores evangélicos do Estado estão sendo perseguidos e alguns deles foram parar na delegacia.

O parlamentar pediu a palavra, durante a sessão plenária na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), para dizer que recebeu vários telefonemas de dirigentes de congregações dando conta da perseguição sofrida em algumas localidades.

De acordo com Albuquerque, pastores foram abordados por autoridades de segurança, dentro dos templos, e tiveram que ser conduzidos a um distrito policial para dar explicações sobre possível descumprimento das diretrizes impostas pelo Governo do Estado, nesta pandemia do novo coronavírus.

“Estes pregadores da Palavra tiveram que dar satisfações e explicações por estar em suas igrejas, durante alguns momentos, com algumas pessoas. Ora, não se pode atribuir um crime a pastores e padres que, reconhecidamente, não causam nenhum mal à sociedade”, afirmou.

O deputado também criticou o decreto que impede as celebrações religiosas. “Deve-se, pelo menos, permitir que os pastores das diversas igrejas espalhadas pelo Estado façam suas orações para dar um pouco de tranquilidade psicológica às pessoas, que estão em pânico”, cobra.

Ele avisou que, se estas situações de clara perseguição religiosa se repetirem, vai pessoalmente ao local onde a fiscalização está acontecendo para sair em defesa dos líderes. “Vou exercer a defesa destes pregadores da Palavra de Deus, que precisam continuar fazendo os seus trabalhos sem impedimento. Sou um homem muito religioso, tenho origem familiar de muita fé em Deus e aprendi a respeitar e a conviver com todas as religiões”.

A denúncia feita por Antônio Albuquerque foi comentada pelo deputado Cabo Bebeto (PSL). Segundo o pesselista, não se pode admitir que pastores e padres sejam impedidos de exercer os trabalhos, levando-se em consideração que eles são figuras importantes para o bem-estar da sociedade.

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