A dificuldade de acesso ao transporte coletivo dos moradores dos novos condomínios e conjuntos habitacionais situados na Cidade Universitária foi discutida numa ampla audiência pública, nesta sexta-feira (19), enfrente ao Jardim Pìnheiros na Cidade Universitária. A proposição do debate foi do vice-presidente da Câmara de Maceió, vereador Luciano Marinho (MDB). Estiveram presentes síndicos, o representante do Sinturb, Pedro Santana, Silvio Marcelo, Assessor Técnico da SMTT e Francisco Pina da empresa Real Alagoas.
“Queremos tratar da problemática do transporte público porque essa é uma região que cresceu muito nos últimos sete anos. Foram mais de 30 mil habitantes, esse número pode ser bem maior, mas o fato é que são milhares de famílias que foram colocadas aqui sem que fossem criados nenhum equipamento público de saúde e educação. Hoje a prioridade é discutir o transporte aqui na própria comunidade para facilitar a participação  das lideranças”, enfatizou o vereador.
Segundo Luciano ir e vir para estudantes, donas de casa e os trabalhadores em geral é sempre um desafio. Quase sempre têm que sair até três horas antes para evitar atrasos e tentar garantir chegar a tempo aos compromissos diários. Além disso, torcer para que o coletivo não quebre no percurso.
Os moradores dos residenciais disputam espaço nos poucos coletivos com os já residem nos conjuntos Eustáquio Gomes e Santa Maria onde também moram milhares de famílias. Por conta da falta de equipamentos públicos escolas e o atendimento em saúde ao longo dos anos foram prejudicados.
Dificuldades
O presidente da Associação dos Moradores do Residencial Novo Jardim, Raimundo Medeiros, confirmou as dificuldades e agradeceu a iniciativa. Isto porque nas estimativas das lideranças já devem existir perto de 100 mil pessoas sendo afetadas diretamente pela questão da mobilidade.
“Na verdade precisamos de todos os equipamentos: saúde, escolas e creches, bem como segurança. Mas, essencialmente a questão do transporte nos afeta muito, porque até as outras coisas serem resolvidas as pessoas precisarão se deslocar diariamente”, destacou Medeiros.
Ele destacou a importância do debate sobre os problemas estarem ocorrendo dentro da própria comunidade. Além de ter facilitado o deslocamento dos moradores serviu para o representante das empresas e do município identificarem de perto as dificuldades.
De acordo com o representante da SMTT o órgão tem todo o interesse em buscar saídas e realizar um planejamento para a região. Mas, admitiu que o fato dela estar em constante expansão isso precisa ser feito de forma escalonada. Ele ficou impressionado com a velocidade de crescimento e cobrou dos órgãos financiadores que ao provarem projetos para construção possam fazer isso de forma articulada com o poder público.

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