Em menos de um mês, ao menos três casos de morte súbita foram registrados em Maceió. O último caso foi na segunda, 12, quando um homem de 52 anos morreu durante atendimento na sede do Procon, no centro da capital. As ocorrências, no entanto, acendem alerta para os sintomas para evitar o mal súbito.

O homem de 52 anos passava por audiência de conciliação no Procon, quando sentiu desconforto no peito, vindo a infartar posteriormente. Ele estava acompanhado da esposa. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionada para prestar socorro à vítima, porém essa não resistiu e morreu no local. A vítima era hipertensa e tomava remédio controlado.

Um dia antes, no domingo, 11, um idoso de 62 anos jogava beach tennis, na Pajuçara, quando também infartou. Ele ainda recebeu atendimento do Samu, mas não resistiu.

Já em 25 de novembro, um homem de 42 anos morreu enquanto malhava em uma academia na Ponta Verde. Ele recebeu manobras de reanimação cardiopulmonar por mais de 40 minutos, mas faleceu a caminho do Hospital Geral do Estado (HGE).

O médico cardiologista José Leitão alertou que a maior causa de morte súbita, em especial, está relacionada ao coração. As principais doenças relacionadas são miocardiopatia hipertrófica, miocardite e anomalias coronarianas.

“A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença genética que ocasiona o aumento da musculatura do coração e, consequentemente, arritmias malignas, aumentando o risco de morte súbita, sendo a principal causa de óbito entre os jovens, em especial, os atletas”, explicou.

Apesar de a mortalidade ser maior entre as pessoas acima de 70 anos, a doença também acomete menores de 35 anos, conforme acrescentou o especialista.

Covid-19

Segundo o médico, entre 2019 e 2021, houve um aumento de quase 13% no número de pessoas que morreram no Brasil por alguma doença cardiovascular, provavelmente, relacionada à pandemia por Covid-19.

“Um estudo recente realizado com atletas de alta performance nos Estados Unidos mostrou que, mesmo pessoas com sintomas leves ou assintomáticos, que tiveram Covid 19, cerca de 1% a 3% apresentaram algum grau de miocardite, que nada mais é que uma inflamação no coração. Essa inflamação também pode acarretar em insuficiência cardíaca, arritmias ou morte súbita. Por isso, a importância do acompanhamento com um profissional capacitado antes de retomar a atividade física. Além disso, o coronavírus, por ser uma doença inflamatória, aumentando o risco da formação de trombos, que podem levar ao infarto, embolia pulmonar e trombose venosa periférica”, detalhou.

Leitão pede atenção em relação a alguns sinais e sintomas, que podem estar relacionados ao coração, como: cansaço aos pequenos esforços; aumento súbito da frequência do coração; tontura ou sensação de desmaio recorrente; dor no peito; inchaço e dores nas pernas

“O ideal é fazermos o acompanhamento com um profissional gabaritado, antes de iniciar qualquer atividade física. Além disso, não há uma causa ou idade específica para procurar um cardiologista, mesmo sendo jovem ou atleta. Precisamos cuidar do nosso coração sempre”, concluiu.

Fonte: tv gazeta

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