A apresentadora Angélica, 45, contou que sofreu uma situação de assédio quando tinha 18 anos e estava em Nova York (EUA) com os pais para celebrar o Natal. Segundo ela, um conhecido apareceu no hotel com uma “cara de louco”, dizendo que queria conversar.
“Neguei. Entrei numa limusine, ele veio atrás. Tentou me agarrar à força. Empurrei, bati nele e saí do carro”, relatou ela em entrevista à revista Marie Claire, publicada na terça-feira (22).
Angélica também disse que demorou para perceber o que tinha acontecido. “Foi uma situação bem escrota, deu para sentir como deve ser difícil quando você não tem força para reagir.”
Na mesma entrevista, a apresentadora afirmou que é feminista e que todas mulheres deveriam ser. “O feminismo que acredito luta pelos direitos iguais, não é contra os homens. A culpa não é só deles. Nós mulheres criamos filhos machistas. A reeducação leva tempo. Às vezes tem que ser um pouco radical para que isso aconteça.”
Ela disse ainda que movimentos como o #MeToo e a denúncia de assédio contra o ator José Mayer ajudaram a transformar os bastidores da TV, mas destacou que na Globo há também muitas mulheres em “cargos poderosos” que estão de olho nisso.
Apesar disso, Angélica afirmou que há uma moda, dentro da própria emissora, de que “é legal falar que é feminista”. “Temos que tomar cuidado para não ficar só uma coisa raivosa.”
Questionada sobre o acidente com o filho Benício, que bateu a cabeça em uma prancha de wakeboard em junho deste ano, a apresentadora contou que ficou desesperada quando o menino foi levado para o centro cirúrgico.
“Quando fecharam a porta, eu gritava que nem um bicho. Os médicos começaram a falar alto para ele não me escutar. A sensação é de cortar a própria carne. Fiquei de joelhos rezando o tempo todo. Foi um milagre enorme: em dois dias ele saiu do CTI, em quatro estava em casa. Não teve convulsão, apesar da perda encefálica na parte pré-motora. Está ótimo, não teve sequelas”, disse.
A apresentadora, que está no ar em uma participação na novela “A Dona do Pedaço” (Globo), disse que não pode dizer ser a favor do aborto, porque vai “afrontar muita gente”.Mas ela afirmou que acha que a mulher “tem que ter o direito de escolher” e pontuou que o aborto clandestino mata muita gente.
“Deveríamos ter políticas de saúde melhores para que isso não precisasse acontecer. Se ela decidiu isso [o aborto], não foi porque quis engravidar. Religiosamente é muito complicado, do ponto de vista energético está errado. E a mulher tem que ter o direito de escolher. Eu acho [risos]. “